
Esta semana temos o primeiro contato com o “atlas” do século XXI, ou na verdade com o primeiro atlas que não é um ser mítico, a posse de Barack Obama consagrou um homem que está recebendo o difícil fardo de tirar o mundo do lamaçal econômico e da colcha de retalhos que integras os diversos conflitos do globo.
Para quem não se lembra das aulas de história e mitologia grega, Atlas por uma revolta contra Zeus foi condenada a carregar o céu nas costas e é freqüentemente retratado carregando o globo nas costas, isto não é muito parecido com o que o mundo espera do Barack?
Tudo bem, ele trouxe novas idéias que alguns anos atrás seria impensável dentro da realidade extremamente consumerista norte americana, propostas concretas de conservação ambiental e adoção do multilateralimo como eixo norteador da política, ao invés do bom e velho atira primeiro e pergunto depois, esse foram avanços tardios mas que enfim chegaram.
No entanto imaginar que ele salvará o mundo, as guerras acabarão, entraremos finalmente na era de aquarium é burrice ou mesmo ingenuidade, mesmo que Barack tenhas as melhores intenções e planos do mundo não será nada fácil convencer os grandes industriais de pontos que lhes leguem ao menos a possibilidade de gastos superiores à lucros, ou mesmo convencer os mujahedins do mundo que sua jihad não pode atingir inocentes.
Enfim, a complexidade das relações econômicas,sociais e religiosas contemporâneas legaram-nos o status quo que estamos, no entanto seria covardia e desumano colocar a responsabilidade apenas em um homem como se esta colocando em Barack.
Portanto, se as lideranças mundiais forem contaminadas com a euforia do resto do mundo e também adotarem uma política ao menos parecida com a de Barack (nos pontos positivos) quem sabe poderemos ter uma perspectiva melhor para as relações entre os países constantes desta aldeia global chamada por enquanto de terra.